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Como funciona a Web 3.0?

Atualizado: 3 de ago. de 2023

Especialistas apontam que o sociedade está em um momento de transição da Web 2.0, iniciada para a Web 3.0. Primeiramente, é preciso ressaltar que não existe um conceito único de Web 3.0, afinal trata-se de algo ainda em construção. Por outro lado, há alguns indícios e possibilidades que apontam como a internet se transformará.



A Web 3.0 representa a próxima fase da evolução da web/internet e potencialmente pode ser muito inovadora ao representar uma mudança de paradigma tão grande quanto a versão atual (Web 2.0). A versão 3.0 é construída sobre os conceitos de descentralização e maior atuação do usuário.


A descentralização é um princípio central da Web 3.0. Na Web 2.0, os computadores usam HTTP na forma de endereços exclusivos para encontrar informações, que são armazenadas em um local fixo, geralmente em um único servidor.


Com a Web 3.0, os dados são gerados por recursos de computação diferentes e cada vez mais poderosos, incluindo smartphones, desktops, aparelhos, veículos e sensores. Os exemplos serão vendidos pelos usuários por meio de redes de dados descentralizadas. Essa ação garante aos usuários a manutenção do controle de propriedade.


Os computadores serão capazes de compreender as informações de forma semelhante aos humanos, por meio de tecnologias baseadas em conceitos da web semântica (linguagem Web) e processamento de linguagem natural.


Na Web 3.0, como a informação seria encontrada com base em seu conteúdo, ela poderia ser armazenada em vários locais simultaneamente e, portanto, ser descentralizada.


Isso quebraria os enormes bancos de dados que atualmente são mantidos por gigantes da internet como Facebook (agora Meta) e Google, impedindo seu enriquecimento ao manter um maior controle sobre os usuários e seus dados.


A Web 3.0 também usará o machine learning, que é um ramo da inteligência artificial (IA) que trabalha dados junto com algoritmos para imitar como os humanos aprendem, melhorando gradualmente sua precisão.


Os recursos permitirão que os computadores produzam resultados mais rápidos e relevantes em uma série de áreas, como desenvolvimento de medicamentos e novos materiais, ultrapassando a mera publicidade direcionada que constitui a maior parte dos uso atual.


Os ativos digitais são parte intrínseca da Web3 – uma nova internet que deve resolver os principais problemas da Web atual, como a concentração de poder nas mãos de algumas plataformas centralizadas e a exploração de dados pessoais dos usuários. A natureza descentralizada e permissionless das blockchains é fundamental para distribuir o poder de comunicação, em vez de concedê-lo a autoridades e organizações centralizadas.


Embora os ativos digitais ofereçam pagamentos digitais nativos à Web3, eles também podem funcionar como tokens programados para desempenhar uma amplas funções nos sistemas econômicos digitais. A tecnologia blockchain e as criptomoedas também podem tornar a Web3 mais centrada na comunidade através das organizações autônomas descentralizadas (DAOs).


Com o apoio da Blockchain e a evolução das tecnologias de realidade virtual/realidade aumentada, os "metaversos" devem surgir com toda força na Web 3.0. Os ambientes digitais também não chegam a ser novidade como por exemplo o game social Second Life, mas só devem decolar a partir do novo modelo internético.


Óculos de RV permitirão uma imersão maior em realidades tridimensionais para possibilitar a realização de conferências à distância no trabalho, conversar com parentes distantes como se estivessem próximos, assistir a conteúdos de entretenimento ou se divertir com games online. Você poderá visitar museus sem precisar sair da sala, procurar um apartamento para alugar deitado na sua cama ou fazer um test drive em um veículo sem o deslocamento até a concessionária.


Mais do que a mera questão visual, os metaversos devem movimentar com força a economia mundial. Empresas físicas da moda, restaurantes ou mercados devem passar a comercializar ativos digitais, afinal o seu avatar precisará se alimentar, usar roupas ou ter acessórios para executar tarefas.


Isso pode impactar, inclusive, as relações de trabalho, já que profissionais poderão dividir salas virtuais para trabalharem em conjunto em um projeto. Legislações que tratam de direitos, crimes e outras regulações precisão ser mudadas para abarcar também o metaverso.

Como a blockchain e as criptomoedas se encaixam na Web3?


Descentralização: Como observado acima, um dos problemas centrais da Web2 é a concentração de poder e dados nas mãos de algumas grandes organizações. A blockchain e as criptomoedas são capazes de descentralizar a Web3, facilitando uma distribuição mais ampla de informações e poder. A Web3 poderia usar ledgers distribuídos públicos baseados em blockchain, permitindo maior transparência e descentralização.

Sistemas Permissionless: Projetos baseados em blockchain substituem sistemas de propriedade de empresas tradicionais por sistemas públicos de código aberto (open-source). A natureza permissionless dos aplicativos criados na blockchain permite que qualquer pessoa acesse e interaja com eles, sem restrições.

Sistemas Trustless: A blockchain e as criptomoedas eliminam a necessidade de confiar em terceiros, como um banco ou um intermediário individual. Os usuários da Web3 podem efetuar transações confiando apenas no funcionamento da rede. Não há a necessidade de confiar em qualquer outra entidade.

Plataformas de pagamento: As criptomoedas podem servir como a infraestrutura de pagamentos digitais nativa da Web3. Os ativos digitais podem melhorar a lenta e cara infraestrutura de pagamento da Web2, pois não dependem de fronteiras e não exigem intermediários.

Propriedade: O setor cripto já oferece ferramentas de custódia individual de carteiras cripto, que permitem que usuários armazenem seus fundos sem depender de intermediários. Os usuários também podem conectar carteiras a aplicativos descentralizados para usar seus fundos de várias maneiras ou para comprovar a propriedade de seus itens digitais. Qualquer pessoa pode verificar a propriedade de fundos e itens usando um ledger público transparente.

Resistência à censura: Blockchains são projetadas para serem resistentes à censura, o que significa que nenhuma parte pode alterar unilateralmente o registro de transações. Uma vez que um registro foi adicionado à blockchain, é quase impossível removê-lo. Essa propriedade ajuda a evitar qualquer tipo de censura governamental e corporativa.

Desafios da Web 3.0



A versão tem o potencial de fornecer muito mais utilidade e autonomia aos usuários, indo muito além das mídias sociais, streaming e compras online que compreendem a maioria dos aplicativos da Web 2.0 usados pelos consumidores.


Recursos como a web semântica, IA e machine learning que estão no centro da Web 3.0 têm o potencial de aumentar muito a aplicação em novas áreas e melhorar a interação do usuário. Os principais recursos da versão, como descentralização e sistemas menos manipuláveis, também darão aos usuários um controle muito maior sobre seus dados pessoais.


No entanto, a descentralização também traz consigo riscos legais e regulatórios significativos. Os crimes cibernéticos, discurso de ódio e desinformação já são difíceis de controlar e se tornarão ainda mais em uma estrutura descentralizada por causa da falta de monitoramento.


Uma rede descentralizada também dificultaria a regulamentação e a fiscalização. A título de exemplo, quais leis se aplicariam a um site específico com o conteúdo hospedado em vários países? Encontrar culpados e acioná-los juridicamente será muito difícil. É preciso pensar a questão com muita atenção.


Considerações finais

A Web3 pode resolver grandes problemas da internet atual e minimizar o poder dos gigantes da tecnologia. No entanto, ela ainda é, em grande parte, uma visão aspiracional e não uma realidade tangível. Ainda assim, as tecnologias que provavelmente sustentarão a próxima iteração da Web já estão em desenvolvimento.


A blockchain e as criptomoedas são tecnologias frequentemente consideradas como as mais prováveis para inauguração dessa revolução da Web3, pois são projetadas para facilitar interações descentralizadas, permissionless e trustless. Além disso, a tecnologia blockchain e os ativos digitais podem ser usados com outros componentes essenciais da Web – como AR, VR e a Internet das Coisas (IoT) – é provável que a combinação de todas essas tecnologias nos forneça soluções promissoras.

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